A deputada
federal Aline Corrêa (PP-SP) é convidada da Secretaria de Políticas das
Mulheres da Presidência da República para participar da 51ª sessão do Comitê
para Eliminação da Discriminação contra a Mulher (Comitê CEDAW), que será
realizada entre 13 de fevereiro e 02 de março, em Genebra, na Suíça.
“O Governo
Brasileiro apresentará o VII Relatório à Convenção sobre a Eliminação de Todas
as Formas de Discriminação contra a Mulher em 17 de fevereiro. O documento é
uma prestação de contas do governo brasileiro ao Comitê e traz as ações
adotadas no Brasil para promover a igualdade de gênero”, explica a parlamentar progressista.
Segundo Aline
Corrêa, “a 51ª Sessão do Comitê das Nações Unidas avaliará o grau de
cumprimento da Convenção Sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação
(CEDAW), que é considerado o mais importante documento sobre direitos da mulher
em âmbito internacional”. A cada quatro anos o país deve prestar contas, e ao
final, recebe recomendações a serem cumpridas no período.
Aline observa
que, por ser signatário do Protocolo Facultativo, o Brasil é também avaliado
pela sociedade civil, através de organizações não governamentais que elaboram
um relatório-sombra ou alternativo, no qual estão expostos os argumentos que
ajudam o Comitê da Cedaw a elaborar seus comentários e avaliações.
“Este Comitê
condenou o Brasil, em 2011, por considerar que a omissão de atenção à saúde
levou à morte Alyne Pimentel, uma gestante negra no Rio de Janeiro. O Brasil
não vem conseguindo reduzir a mortalidade materna, que é um dos Objetivos do
Milênio, sendo criticado pelos organismos internacionais”, pondera a
parlamentar.
Prestação de contas
Na próxima
semana, o Brasil prestará contas pela terceira vez na ONU, sendo a primeira em
2003, a segunda em 2007 e agora em 2012. Um grupo impulsor do movimento de
mulheres, composto entre outras organizações, pela Rede Feminista de Saúde,
Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos, o Comitê Latino-Americano e do Caribe
para a Defesa dos Direitos da Mulher (Cladem/Brasil) e IPAS, coordenou a
elaboração de um informe-sombra.
Entre as
relatoras brasileiras da sociedade civil encontram-se a jornalista e cientista
política Telia Negrão, a advogada Carmen Hein de Campos, ambas de Porto Alegre,
que estarão presentes na Sessão em Genebra e terão direito à palavra no dia 13
de fevereiro, além da advogada carioca Beatriz Galli.
Elas contaram
com aportes encaminhados por mais dez redes e organizações, entre as quais a
Plataforma Dhesca Brasil, o Núcleo Interdisciplinar de Estudos sobre Mulher e
Gênero da UFRGS, as ONGs Gestos (PE), Ecos (SP), Themis, Coletivo Feminino
Plural (RS), REGES - Rede de Educação Sexualidade e Gênero, Jovens Feministas,
Comissão de Cidadania e Reprodução e Ação Educativa (SP).
Embora o texto
da Convenção seja composto por mais de vinte artigos que abordam diversos
temas, o informe sombra apresentado pelo movimento de mulheres enfocará cinco,
de áreas consideradas críticas: violência, poder e decisão, educação, saúde,
direitos sexuais e direitos reprodutivos.
“O documento
reconhece a existência de iniciativas e avanços na elaboração de leis e
políticas, mas considera que o ritmo da sua implementação é lento, faltando
recursos orçamentários e compromissos com a garantia de mudanças profundas na
vida das mulheres”, finaliza Aline Corrêa.
A partir da segunda
semana de fevereiro, todos os documentos em debate estarão disponíveis no site
http://www2.ohchr.org/, das Nações Unidas, servindo de apoio para as
discussões.
Deputada Aline
Corrêa (à direita) ao lado de outras integrantes da Bancada Feminina da Câmara Federal convidadas
para debater questões de gênero na ONU
2 comentários:
BOA VIAGEM E BOM TRABALHO .BJSS p DILMA>
Eu sempre digo e repito é só quem sente na pele pra tomar iniciativas,os políticos homens nunca deram grande importância aos direitos das mulheres porque nunca foram mulheres,nunca amamentaram nunca pariram.
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