Deputada
Aline Corrêa e o empresário Jorge Gerdau defendem revisão tarifária durante seminário "Agenda Parlamentar para Energia Elétrica” |
Vice-presidente
da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Infraestrutura Nacional, a
deputada federal Aline Corrêa encontrou-se na tarde de hoje (19 de outubro) com
opresidente do Conselho de Administração da Gerdau, Jorge Gerdau Johannpeter.
Ambos participaram, no auditório da TV Câmara, em Brasília, do seminário
"Agenda Parlamentar para Energia Elétrica: Modicidade Tarifária,
Concessões e Qualidade do Fornecimento".
Proposto pelo
deputado Luiz Fernando Faria (PP-MG), o seminário teve como tema central a
formulação de propostas para reduzir a carga tributária do setor, o vencimento
das concessões, o aperfeiçoamento dos processos licitatórios, a autonomia das
agências reguladoras, o fomento à eficiência energética e a inovação de
produtos e serviços, com ênfase na sustentabilidade ambiental.
Durante o
seminário, Jorge Gerdau destacou que os consumidores residenciais
brasileiros pagam 104% de impostos e encargos, enquanto para a indústria o
índice é de 107%. Na opinião do representante, a energia, que deveria ser fator
de desenvolvimento econômico e social virou fator arrecadatório no Brasil.
“Arrecadar por meio da energia é muito cômodo, porque a sonegação é quase
impossível, não tem transparência”, afirmou.
O presidente da
Gerdau ressaltou ainda que o Brasil, apesar de contar com a fonte mais barata,
que é a hidroelétrica, tem a terceira energia mais cara do mundo – R$ 329 por
MW/hora. Segundo ele, Itália e República Tcheca apresentam preços mais
elevados. Os custos de produção no Brasil, conforme disse, “devem estar abaixo
de R$ 10”.
Para a deputada
Aline Corrêa, o seminário proposto pela Frente Parlamentar é oportuno. “Muitas
concessões estão prestes a vencer, o que representa uma oportunidade de
negociar a redução das tarifas ao consumidor”, avaliou. A parlamentar
progressista também afirma que o consumidor já pagou, na conta de energia,
pelos investimentos que foram feitos, particularmente nas grandes hidrelétricas
e o momento exige a revisão tarifária, com novas regras que beneficiem tanto os
consumidores quanto os setores produtivos do país.
0 comentários:
Postar um comentário
Obrigada pela participação. O seu comentário estará visível nos próximos minutos.