Após
cerca de 40 horas de debate, durante dois dias de votação, a Câmara dos
Deputados concluiu nesta quinta-feira, 16, a análise da Medida Provisória dos
Portos (MP 595/12), que estabelece novas regras para as concessões e
autorizações de portos públicos e terminais privados. Em seguida, o texto
seguiu para o Senado, onde foi aprovado sem alterações. Agora, a MP aguarda a
sanção presidencial.
Para
a deputada federal Aline Corrêa, a aprovação da MP 595/12 representa uma grande
vitória para o país. “Sabemos que a operação portuária
no Brasil está muito distante das referências mundiais de eficiência e
produtividade. Com a MP – que prevê investimentos na ordem de R$ 54
bilhões – conseguiremos tornar o país mais competitivo no mercado internacional
e, com isso, atrair grandes investimentos. Esta é, sem dúvida, uma medida
fundamental para o desenvolvimento do Brasil”, declarou a parlamentar
progressista.
Com
a MP dos Portos, o governo federal pretende ampliar os investimentos
privados e modernizar os terminais, a fim de baixar os custos de logística e
melhorar as condições de competitividade da economia brasileira. De acordo com
aSecretaria de Portos da Presidência da República (SEP), o setor portuário
do país registrou aumento de 80% entre 2001 e 2012, quando foram
movimentadas 904 milhões de toneladas de cargas nos terminais brasileiros. A
expectativa da Secretaria é de que, até 2030, os portos brasileiros dêem
conta de movimentar 2,26 bilhões de toneladas de cargas.
Novas
regras – De
acordo com o texto aprovado pelo Congresso, os contratos de concessão assinados
antes de 1993, para a exploração de portos, poderão ser renovados por até 10
anos. Os contratos atuais, assinados depois de 1993, também poderão ser
renovados antecipadamente, desde que seja apresentado um plano de investimentos
a ser aprovado pelo governo. Contratos futuros terão prazo de até 25 anos e
poderão ser prorrogados até chegar a 50 anos.
Nos terminais privados, a contratação de trabalhadores
poderá ser feita pela CLT, sem a intermediação do órgão gestor de mão de obra.
Os terminais privados também vão movimentar livremente cargas de terceiros, o
que era limitado na legislação anterior. A autorização de novos terminais
privados será feita por chamada pública e não licitação.
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