terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Em pronunciamento na Câmara, deputada Aline Corrêa elenca demandas da Conferência Nacional de Mulheres



Em pronunciamento na tribuna da Câmara, a deputada federal Aline Corrêa (PP-SP) destacou a importância da 3ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres, aberta nesta segunda-feira em Brasília. A parlamentar progressista participa da atividade com a proposta de "reforçar o compromisso de apoiar o governo federal a aprofundar as políticas de igualdade de gênero em nosso País. Senhor Presidente, Senhoras e Senhores Parlamentares, os meus cumprimentos".

Segundo Aline Corrêa, demandas originadas das conferências estaduais que, por sua vez, ouviram os resultados das ações em nível municipal, foram consolidadas em relatórios apresentados pela Secretaria de Políticas para as Mulheres. "Estes documentos dividem as demandas em quatro eixos de trabalho, definidos no Plano Nacional de Políticas para as Mulheres: autonomias econômica, pessoal, cultural e política", explicou a deputada.

"Uma das principais propostas, vinda de praticamente todas as conferências estaduais, é a da construção de mais creches nos municípios brasileiros ou a ampliação das existentes. A ampliação de creches está diretamente ligada à autonomia econômica das mulheres", avaliou Aline Corrêa.


Demandas

Confira os demais trechos do discurso, que elenca as demandas apresentadas junto à Conferência Nacional de Mulheres:

"Outra preocupação, expressada nas conferências estaduais, é a grande quantidade de trabalhadoras em situação informal no Brasil, principalmente em relação ao trabalho doméstico, primordial ocupação feminina no país. Em 2009, segundo dados Retrato das Desigualdades, 17,1% das mulheres brasileiras dedicavam-se ao trabalho doméstico e apenas 26,4% delas tinham carteira assinada".

"As mulheres também querem garantir igualdade na preparação da Copa de 2014 e das Olimpíadas de 2016. Por isso, demandam o enfrentamento ao turismo da exploração sexual nos eventos e também reivindicam investimentos em qualificação e intermediação de mão de obra feminina para as obras de infraestrutura".

"Apesar dos avanços conquistados nos últimos anos no enfrentamento à violência, as mulheres ainda pedem a ampliação da rede de atendimento às vítimas e a garantia da aplicação da Lei Maria da Penha".

"No eixo 'autonomia cultural', o que pedimos junto ao governo federal é a erradicação do analfabetismo feminino, principalmente entre as mulheres com mais de 60 anos, que apresentam taxas maiores de analfabetismo se comparadas à população masculina. De acordo com dados da PNAD/IBGE de 2009, a taxa de analfabetismo para mulheres de 60 anos ou mais era de 29,4. A dos homens, no mesmo ano, era de 25,9".

"Uma reforma política e eleitoral que garanta a participação efetiva das mulheres na política também foi assunto abordado nos encontros locais. As propostas discreparam entre cotas eleitorais, listas fechadas, financiamento público de campanhas e utilização do fundo partidário para capacitação política das mulheres".

"Enfim, todas essas propostas que chegam à Conferência Nacional têm o poder de transformar o século 21 no século do empoderamento da mulher. A mulher que gera vida... que gera esperança... e que gera amor. E que só pede, em troca, respeito. Era o que tinha a destacar. Obrigada a todos".


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