terça-feira, 27 de novembro de 2012

Deputada Aline Corrêa participa de mesa redonda no Centro Universitário Salesiano


VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER

A deputada federal Aline Corrêa (PP-SP) participou na noite de segunda-feira (26) da mesa redonda sobre o tema “A Paixão no Banco dos Réus”, promovida pelo Centro Universitário Salesiano (Unisal) – unidade de ensino da cidade de Americana. A parlamentar progressista falou para alunos do curso de Serviço Social.

A atividade foi coordenada pela professora Maria Terezinha Rondelli e contou com a presença da secretária municipal de Promoção Social, Talitha De Nadai; da presidenta do Conselho da Mulher de Americana, Léa Amábile; e da procuradora de Justiça do Ministério Público paulista, Luiza Nagib Eluf, autora do livro que deu nome à mesa redonda.

Aline Corrêa destacou o ativismo de Luiza Eluf e a contribuição ao país ao fazer parte, em 1990, do grupo de juristas que reformou o Código Penal de 1940, por ser especializada na área criminal. “Em 2001, Luiza Eluf também foi a grande responsável pela aprovação da Lei do Assédio Sexual”, acrescentou, em tom elogioso, a parlamentar progressista.

Com números assustadores, Aline Corrêa também destacou a importância do trabalho da Unisal: “A cada duas horas, uma mulher é assassinada no Brasil. A cada dois minutos, cinco mulheres são violentamente agredidas no Brasil. Seis em cada dez brasileiros conhecem alguma mulher que foi vítima de violência doméstica. Trinta por cento das mulheres brasileiras já sofreram algum tipo de violência doméstica.”

Quem ama não mata

Durante a mesa redonda, Luiza Nagib Eluf relatou a sua experiência, como procuradora de Justiça, com os casos de crimes passionais contra mulheres, tema de seu livro “A Paixão no Banco dos Réus”. A autora citou casos polêmicos como o de Sandra Gomide, Ângela Diniz, Daniella Perez e outros que chocaram a sociedade brasileira.

Luiza Eluf explicou, de forma didática, o porquê de os homens matarem suas companheiras e também ensinou a decifrar os sinais de Violência antes que ela aconteça. “Esses crimes são produtos da nossa sociedade, e pior ainda da justiça do nosso país que perdoa mais homens do que os pune”, avaliou.

Para Luiza Eluf, nenhum crime passional tem relação com amor, mas sim com o ódio do homem pela não aceitação à rejeição da parceira. Isso se justifica – segundo a autora - pelo fato de o homem ter um sentimento de posse em relação à companheira. “Quem ama não mata”, enfatizou, lembrando que desde a promulgação da Constituição de 1988 a mulher igualou-se ao homem perante a lei. E conclui afirmando que o crime passional só acabará quando os homens reconhecerem que a mulher tem os mesmos direitos.
Legenda

Deputada Aline Corrêa participa de mesa redonda sobre violência contra a mulher na UNISAL, em Americana (SP)

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