segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

"Enfrentar a mortalidade materna é um dos grandes desafios do país", diz Aline Corrêa


O Brasil conseguiu atingir, cinco anos antes da meta, o objetivo, estabelecido pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2000, de reduzir em 75%, até 2015, a mortalidade infantil. Porém, o País enfrenta dificuldades para atingir o mesmo objetivo no caso da mortalidade materna.
A meta de redução em 75% das mortalidades infantil e materna consta entre os oito Objetivos do Milênio, firmados em 2000 pela ONU, como as ações necessárias para garantir o desenvolvimento.
A razão de mortalidade materna – RMM estima a frequência de mortes de mulheres ocorridas durante a gravidez, aborto, parto ou até 42 dias após o parto, atribuídas a causas relacionadas ou agravadas pela gravidez.

A deputada federal Aline Corrêa (PP-SP), que desenvolve um importante trabalho em prol da saúde da mulher, ressalta que as principais causas da mortalidade materna são a hipertensão arterial, a hemorragia, as complicações decorrentes do aborto realizado em condições inseguras, a infecção pós-parto e as doenças do aparelho respiratório.
“Por vezes, as mulheres correm riscos porque não se sabe que elas têm pressão alta ou diabetes, o que poderia ser facilmente diagnosticado por meio da realização de exames simples, que podem prevenir complicações para a grávida e para o bebê. Embora grande parte das mulheres no Brasil façam o Pré-Natal, ainda é preciso melhorar muito este índice”, afirma a parlamentar.
A deputada ressalta ainda que, assim como foi destacado pelo secretário de Atenção à Saúde, Helvécio Magalhães, o Brasil já reduziu a mortalidade materna, desde a década de 90, em cerca de 50%. Porém, teria de mais que dobrar a velocidade de redução do índice nos próximos dois anos para atingir o objetivo estabelecido pela ONU.
“Para buscar a redução da mortalidade materna, o governo brasileiro implantou o programa Rede Cegonha, que prevê o acompanhamento da gestante desde a concepção até o nascimento, incluindo a programação da maternidade onde o bebê nascerá. Porém, como defende Helvécio, a redução desse índice envolve uma série de fatores, como educação, direito à informação, a existência de maternidades seguras, além da garantia de direitos reprodutivos”, afirma a deputada federal.
Mortalidade infantil
No caso da mortalidade infantil, o sucesso da redução do índice pode estar relacionado a um conjunto de fatores: aos programas Saúde da Família e Bolsa Família; ao programa público de vacina, que é o maior do mundo, segundo ele; à melhoria do salário mínimo, ao controle da desnutrição e aos programas de estímulo ao aleitamento infantil.
Segundo relatório da ONU, em 1990, a taxa de mortalidade infantil no Brasil era de 62 mortes por mil nascidos vivos. Em uma geração, o País reduziu a mortalidade infantil em mais de 3/4, para 14 mortes por mil nascidos vivos. 

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