sexta-feira, 20 de setembro de 2013

“Irresponsabilidade no trânsito pode custar vidas”, diz Aline Corrêa sobre campanha do Ministério das Cidades



O Ministério das Cidades lançou na última terça-feira, 17, a nova campanha de trânsito para conscientizar a população quanto aos perigos de dirigir após o consumo de álcool e drogas.
Com o tema “Álcool, outras drogas e a segurança no trânsito: efeitos, responsabilidade e escolhas”, a campanha pretende incentivar a mudança de comportamento dos motoristas nas ruas e estradas do país.
A iniciativa faz parte das ações da Semana Nacional de Trânsito 2013, que acontece entre os dias 18 e 25 de setembro, e do Pacto Nacional Pela Redução de Acidentes (Parada: Um Pacto pela Vida), iniciativa do Governo Federal para reduzir em 50% o número de acidentes, entre 2011 e 2020.
“A campanha deste ano traz uma mensagem clara e direta a todos os motoristas de nosso país: a irresponsabilidade no trânsito pode custar vidas. As histórias reais que inspiram a campanha revelam que a imprudência no trânsito pode deixar sequelas praticamente irreversíveis em suas vítimas”, afirma a deputada federal Aline Corrêa.
A parlamentar progressista ressalta ainda que as fortes imagens pretendem fazer com que as pessoas entendam a verdadeira gravidade de suas atitudes. “De acordo com a Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (ABRAMET), o consumo de álcool ao dirigir é a segunda causa de acidente nas estradas e rodovias brasileiras, ficando atrás apenas para o excesso de velocidade. A fadiga, o cansaço e o uso de celular aparecem logo depois”, observa a deputada.
Com frases marcantes como: “Não deixe um acidente obrigar você a reaprender. Seja você a mudança no Trânsito. Aprender a andar é natural a primeira vez. As escolhas no trânsito podem deixar marcas para o resto da vida”, a campanha mostra uma realidade impactante, com casos de pessoas que sofreram acidentes e agora estão passando pelo processo de reaprender atos básicos como comer, falar e andar.
Vítimas - Um dos personagens é o auxiliar administrativo João Santos, 38 anos, que ao sofrer um acidente de moto, perdeu a esposa e teve uma das pernas amputada. Hoje, João recomeçou a vida e faz tratamento fisioterápico. “Eu estava passeando de moto com a minha esposa. Começou a chover e resolvi parar no acostamento. Veio um carro desgovernado e bateu na minha moto”, conta o auxiliar administrativo.
A jovem Wellen Nascimento, de 22 anos, sofreu um acidente de carro, em 2008, quando tinha 17 anos. Passou dois anos em coma se alimentando apenas por sonda. Durante sua reabilitação, conseguiu voltar a ingerir alimentos pastosos e se comunicar pelo movimento dos olhos.  A partir de agora, seu objetivo é conseguir utilizar o computador para voltar à faculdade de Direito.
A nova campanha será veiculada em TV aberta e fechada, rádio, revistas, jornais, portais na internet e redes sociais. O material da campanha pode ser acessado através do site paradapelavida.com.br  e pela página no Facebook, facebook.com/paradapelavida
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Álcool, outras drogas e direção - O consumo de álcool e drogas altera os reflexos, reduz a capacidade de percepção da velocidade e dos obstáculos no trajeto. Um motorista alcoolizado tem dificuldade, por exemplo, em perceber uma moto passando ao lado ou pedestre atravessando na faixa, além de ter maiores chances de não resistir a um acidente de trânsito por conta das alterações metabólicas provocadas pelo álcool em seu organismo.
Há casos de motoristas profissionais, como caminhoneiros e motoristas de ônibus, que usam medicamentos, conhecidos como rebite, para diminuir o sono. Entretanto, ao passar o efeito do remédio, o cansaço reaparece rapidamente e o motorista acaba dormindo imediatamente. Estudos mostram que a cocaína age com mais intensidade que o álcool, o que aumenta a falta de percepção do motorista. A maconha, o crack e o ecstasy provocam confusão mental, prejudicam os reflexos e o senso de orientação.
Segundo pesquisa do Ministério da Saúde, durante a realização de grandes eventos as maiores vítimas de acidentes de trânsito são motociclistas, pedestres, passageiros de motocicleta, ciclistas, motoristas e passageiros de automóveis. Dados do Ministério da Saúde também apontam que o álcool está presente no sangue de quase metade das vítimas fatais dos acidentes de trânsito, sendo que as principais vítimas são homens com idade entre 20 e 39 anos.
Para pela vida - Com dois anos de existência, o Pacto Nacional pela Redução de Acidentes no Trânsito – Parada, um Pacto pela Vida, é considerado o principal movimento do país para a redução de acidentes. A ação foi a resposta brasileira ao Plano Nacional de Redução de Acidentes e Segurança Viária para a Década 2011-2020, estabelecido há dois anos pela Organização das Nações Unidas (ONU), que diz que os países devem reduzir pela metade o número de mortes no trânsito em dez anos.

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